31.1.06

Confuso

Confuso,
Baralhado,
Distante...

Emoções que partilho com a minha geração.
Confuso por não saber ainda o que quero, para que o quero, e quando o quero,
Baralhado pela teia da vida que me envolve num emaranhado de situações indescritíveis,
Distante de tudo... por vezes...

Encontro-me longe deste mundo, dou por mim envolto numa nebulosidade, numa indefinição do que é físico, não sei o que me rodeia, as sensações que transporto, se é verdade, se é mentira, a definição do tempo, sim... o tempo!

30.1.06

NEVE!!

É verdade, nevou na cidade das sete colinas!
Só o soube devido ao estridente barulho efectuado pelas minhas, não menos ruidosas, vizinhas!
"TÁ A NEVAR!! TÁ A NEVAR!!" - gemiam elas, desamparadas e sem ninguém que as calasse!
Nevou... é verdade!
Tava frio... é verdade!
Muito frio... também verdade!
Estava eu na minha casinha, embrulhado no belo do meu pijama, envolto no meu não menos famoso robe, quando ouço uma barulheira tal que resolvo ir à janela, não que eu seja como as "cuscas" das minhas vizinhas, mas simplesmente porque num domingo de inverno que se manifestava com 2ºC, ninguém tem sequer fôlego para andar à porrada na rua! "porrada na rua" -> hábito comum nos bairros típicos.
Posto isto, resolvo ir à janela da varanda, e qual não é o meu espanto quando me deparo com ligeiros flocos de neve a caírem mesmo em plena Lisboa! É a alegria!
Olho em redor, e estão os belos habitantes do bairro envoltos nos seus, não tão famosos, robes agarrados ao telemóvel a dar as boas novas a quem por lá não se encontra!
Isto das novas tecnologias veio fazer muita gente feliz...
A verdade é que se não fossem as estridentes das minhas vizinhas, nunca me iria eu ter lembrado de ir à janela num dia em que até as unhas dos pés encaracolavam, tal não era a temperatura agradável que se fazia sentir!

Queridas e ruídosas vizinhas...
O meu sincero Obrigado!

24.1.06

É Janeiro... faz frio!

É Janeiro...
Faz frio...

As saudades do verão apertam...



Faz frriiioo...

21.1.06

Acordar? Não obrigado!...

Sexta-feira, dia 20 de Janeiro!
Não consegui acordar...
É a 1ª vez que faltei ao meu "rico" estágio de 5 meses e já lá vão 3 meses e meio...
Simplesmente não consegui...
É daqueles dias (serão todos?) que não apetece levantar da cama nem por nada!
Penso que o despertador tenha tocado... certezas não existem!
Fica a dúvida no ar...
O que é certo é que quando acordei... isto eram umas belas 11h da manhã, o despertador estava desligado.
Se calhar até tocou! Ou não! Mas se tocou, desliguei-o... talvez...
Faltei...
Não há como fugir...
Mas que bem que soube dormir!
Isto de acordar cedo para ir trabalhar não é para todos, pelo menos não me enquadro no amontoado de população que o faz! Merecendo um valente: "Chiça!!! Ca grandas malucos!!!"
Ninguém devia ser raptado do seu sono só porque tem de ser...
Ninguém...
É que tira toda a essência do "dormir", isto do dormir serve para o corpo retemperar as energias despendidas durante um longo dia, e se somos acordados quando ainda não estamos prontos para o ser... essa retemperação de energias pára em determinado ponto que não, o máximo!
Se assim o é, a cada dia que passa ficamos mais fracos e com menos capacidades, tanto físicas como psicológicas!
É um crime! Quem o faz deveria ser preso!
A minha mãe, já teria prisão perpétua!

17.1.06

Encostei-me...

Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos,
E o meu destino apareceu-me na alma como um precipício.
A minha vida passada misturou-se-me com a futura,
E houve no meio um ruído do salão de fumo,
Onde, aos meus ouvidos, acabara a partida de xadrez.

Ah, balouçado
Na sensação das ondas,
Ah, embalado
Na ideia tão confortável de hoje ainda não ser amanhã,
De pelo menos neste momento não ter responsabilidades nenhumas,
De não ter personalidade propriamente, mas sentir-me ali,
Em cima da cadeira como um livro que a sueca ali deixasse.

Ah, afundado
Num torpor da imaginação, sem dúvida um pouco sono,
Irrequieto tão sossegadamente,
Tão análogo de repente à criança que fui outrora
Quando brincava na quinta e não sabia álgebra,
Nem as outras álgebras com x e y's de sentimento.

Ah, todo eu anseio
Por esse momento sem importância nenhuma
Na minha vida,
Ah, todo eu anseio por esse momento, como por outros análogos
Aqueles momentos em que não tive importância nenhuma,
Aqueles em que compreendi todo o vácuo da existência sem
inteligência para o compreender
E havia luar e mar e a solidão, ó Álvaro.

Fernando Pessoa, Poemas de Álvaro de Campos

16.1.06

Palavras repetidas...

Repetirei vezes sem conta semelhantes palavras
Suaves devaneios, verões escaldantes, viagens sem destino,
Repetirei porque repito,
Repetirei porque sim,
Repetirei...

Aguentem-se...

Para quê?

Sim, para quê? Para quê este blog, para quem, e até porquê?
Pois, ora aí estão perguntas às quais n vejo necessidade em responder...
Confidências de uma mente perturbada? Talvez...
Retratos de uma vida passada (presente)?... do além?...
"Para quê? Para quem? Para mim, também..."