27.2.06

Pequenas maravilhas...

Depois de ontem à tarde, um domingo solarengo de inverno, ter visto isto observo como as pequenas maravilhas do mundo me causam um efeito estrondoso... O simples descansar em casa numa tarde de domingo depois de um fim-de-semana de ininterrupta "maluqueira" e deleitar-me com estas pequenas grandes obras da 7ª arte, é por si só... uma maravilha!

20.2.06

O meu "pequeno" eu...

Quero caminhar até... ao ponto de partida.
A lugares onde nada, mas mesmo nada, tem importância senão o caminho insinuoso que é a vida.
A tempos onde tudo parece enorme, gigantesco, novo, fresco e onde as nossas figuras paternais parecem indestrutíveis e perfeitas.
Quero retroceder... deste ponto de ida.
A irrepetíveis momentos que, por irrepetíveis serem, jamais se irão apagar da minha "tábua rasa", cheia de experiências experimentadas.
A novos paladares.
A novas fragâncias.
A novos costumes.
Aos "velhos" tempos em que tudo girava à volta do meu pequeno universo!

Ah...

Era eu e o mundo... e o mundo era meu!


"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida."

Johann Goethe

17.2.06

Movimento...

"Ser contra um movimento é ainda fazer parte dele"

Pablo Picasso

16.2.06

Pensar

"Onde todos pensam o mesmo, ninguém pensa muito."

Walter Lippman

Agostinho da Silva

Companheiros e Amigos

«A História de Portugal, inteligente, documentada, válida e duradoura, diz que a Nação nasceu por; se fixou por; se defendeu com pinheirais e castelos sempre por; navegou por; entristeceu e se alegrou por; finalmente acabou por.
Aquela História de Portugal pela qual eu vou, História sentimental e fantasiosa, meio inventada talvez em muito ponto, garante-me logo de começo que a Nação nasceu para, se definiu para; casou para; navegou para; desanimou para e reagiu para e acabará para.
Eu me explico tanto quanto posso.
Nasceu para ocupar a melhor das costas, dando naturalmente para o mar, mas sobretudo para o Oceano, que permite ir a todo o lado; para aprender a bolinar; para completar o Império Romano que soberanos e legiões tinham deixado só como esboço, com uns lambiscos de Europa e una desembarcadouros de África e umas vagas idéias de Ásia; para universalizar Direito tirado pelos romanos da Filosofia grega, como engenharia baseada no Euclides; lógica de guerrear da de pensar; para, depois de ouvir Isabelinha de Aragão, projectar para o mundo inteiro o entender e adorar o Divino, de ser criança o maior dos milagres, de não se ter de ganhar a vida, o que a amesquinha, e de não haver prisões, nem as de grades, nem sobretudo, porquanto piores, as que são de dúvidas.
Têem razão os sábios, que tanto respeito, que Portugal foi por; mas insisto em pensar, sem autoridade alguma, que Portugal sempre foi, sempre é e sempre será para.
Obrigando-nos a todos nós, a que sejamos para, servindo-nos para tal do que somos por.
Vocês não acham?»

Agostinho da Silva

15.2.06

"Progresso contínuo do Passado"

Não existe [...] matéria mais resistente nem mais substancial (o tempo). Porque a nossa duração não é apenas um instante a seguir ao outro; se fosse, nunca haveria mais nada além do presente - nenhum prolongamento do passado na actualidade, nenhuma evolução, nenhuma duração concreta. A duração é o progresso contínuo do passado que morde o futuro e vai inchando à medida que avança. E, como o passado cresce sem parar, não há nenhum limite à sua preservação. A memória [...] não é uma faculdade de arrumar recordações numa gaveta, ou de inscrevê-las num registo [...] Na realidade, o passado preserva-se a si mesmo, automaticamente. Provavelmente acompanha-nos na sua totalidade a cada instante [...]

Henri Bergson, in «A Evolução Criadora»

14.2.06

É "mais um dia"...

Não... não é a música extremamente irritante e repititiva que passa nos "morangos"...
É simplesmente mais um dia em que o consumismo se instalou de forma abrupta para nos fazer ficar mais parvos, estúpidos e pobres... e em alguns casos até felizes!

Tal como o "Dia do Pai", "Dia da mãe", "Dia da Criança"... etc.. e mais recentemente o "Dia da Avó", o "Dia de S. Valentim", vulgo "Dia dos Namorados" é mais um dia instaurado pela nossa sociedade de consumo para nos levar a isso mesmo, consumir.

"Dia dos Namorados"...
Não será todos os dias e sempre que os namorados o quiserem??...

Ou é simplesmente um dia que serve para lembrar as pessoas de que têm namorado/a e até para servir como base de discussão, do género:

- Esqueceste-te do Dia dos Namorados?! Não te perdoo!

Ridículo ao ponto de conseguir chatear aquilo para o qual este dia serve, quando o efeito pretendido é, não só gastar uns "tostões", exactamente o oposto!

8.2.06

Momento...



Um momento sem significado no mundo
Mas pleno de significado no Meu Mundo...


3.2.06

Travessia

Aconteça o que acontecer... não quero ser eu a perder...
Tenho 20 anos e um mundo inteiro por conhecer...
E a vida que eu quero não passa de um sonho...
A vida que eu quero não passa de um sonho... por viver...

Agora só quero tudo o que não tenho e não consegui...
Agora só quero ver aquilo que ainda não vi...
Agora só quero viver e deixar viver em paz...
Talvez um dia te sintas como eu hoje me senti...

Passei uma vida calado, agora tenho de falar...
Por cada dia que fico parado... o mundo não pára de girar...
E cada vez que eu penso no que deixei para te agradar...
O meu coração sufoca como se fosse rebentar...

Agora só quero tudo o que não tenho e não consegui...
Agora só quero ver aquilo que ainda não vi...
Agora só quero viver e deixar viver em paz...
Talvez um dia te sintas como eu hoje me senti...

Agora só quero viver e deixar viver em paz...

Cool Hipnoise

2.2.06

Estou Cansado

Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma.
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto -
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente; eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até no cansaço que isto nos dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.

Álvaro de Campos

Reflexão I

"De cada um, de acordo com suas habilidades, a cada um, de acordo com suas necessidades."

Karl Marx